quarta-feira, 14 de julho de 2010

Can - Ege Bamyasi (1972)


E aí povo, tudo certin?

Bom, já que faz um bom tempo que eu não posto nada aqui, vou fazer um posto um pouquinho diferente e mais detalhado, falando do álbum música por música

Enfim, estarei comentando/pagando pau pra um dos melhores, bem feitos, ousados, criativos álbuns de todos os tempos: Ege Bamyasi do Can. Já postei um disco deles aqui, o Tago Mago, nem preciso dizer que você tem que baixar.
Enchida a lingüiça:

1- Pinch: Groove, groove, groove, groove, Jaki Liebezeit. Ele comanda praticamente todas as músicas do Can. Can é groove, mas também é música ambiente, e nisso Michael Karoli e Irmin Schmidt são mestres, pra não dizer deuses. Czukay segue Jaki Liebezeit com precisão milimétrica, com total humildade e modéstia. Damo Suzuki faz uma coisa incrível. Não só nessa como em boa parte das músicas, ele faz com que o vocal determine um ambiente! Tem que pagar um pau, não?

2- Sing Swan Song: Cara... a 1ª fez que eu ouvi essa música... eu achei que tinha pirado. Juro que estava indo conhecer outras dimensões... Sing, Swan e Song. Se você tentar, dá pra entrar em Alpha.

3- One More Night: Olha, pra ser bem sincero, eu não sou muito fã dessa música, mas ela não deixa de ser boa. Me parece que a idéia é transmitir uma noite urbana regada a jazz e vinho caro. Apesar de não me agradar, é uma música de muito bom gosto.

4- Vitamin C: Quando eu prestei atenção na bateria, eu achei que Liebezeit era um monstro. Sério, daqueles bem raivosos, peludos e grandes. Czukay criou um groove no seu baixo que eu nunca vi igual, combinando perfeitamente com a metralhadora no pé de Liebezeit. Karoli arranhando a guitarra com humildade, Schmidt criando o ambiente misterioso da música e Suzuki berrando nos momentos certos e sussurando nos momentos perfeitos. Boa pra cassete.

5- Soup: Não se deixe enganar. Essa música começa com uns negócios meio esquisitos, mas quando ela cresce... é puro groove n' roll ! Liebezeit bota MUITO, mas MUITO baterista "pop" no CHINELO com essa música. Karoli então, vixi, nem se fala. Escolhe muito bem as notas numa simples pentatônica. Czukay consegue ser criativo até quando a cena é do Liebezeit e do Karoli. Suzuki com seus berros roucos e sem sentido completam a cena. Mais tarde, Schmidt entra com mais vigor no momento perfeito, retomando a psicodelia e finalizando. Du ca.

6- I'm So Green - Ahhh, uma funkerinha jazzistíca! PERFEITA! Karoli mostra toda a sua criatividade, sendo modesto e genial ao mesmo tempo, enquanto Liebezeit, como de costume, cria o tempo e comanda a música. Damo com suas letras geniais e melodia vocal inventadas na hora fazem muito letrista babar. Czukay ainda arregaça as mangas e acompanha a guitarra de Karoli. Muito boa.

7- Spoon - Cowbell, cowbell, cowbell! Que musicão pra fechar o álbum hein! Liebzeit fazendo uma batida meio parecida com bossa nova, sei lá, algo assim. Schmidt criando a ambiência perfeita pra o baixo dissonante de Czukay. Bends perfeitos no momento certo e ligados geniais definem Karoli. Kenji ''Gênio'' Suzuki alternando entre vocais agudos, graves, médios. Chave de ouro.

Enfim, depois dessa análise de deixar muito crítico de música boquiaberto e ajoelhado perante a minha superioridade (você pode não acreditar, mas já aconteceu), você vai ser obrigado a baixar esse disco, vai não? Eu te convenci, pode confessar!

Baixem-no JÁ!

Link: http://www.4shared.com/file/gi65UUiN/1972_Ege_Bamyasi.html

(Tracklist)
1. Pinch
2. Sing Swan Song*
3. One More Night
4. Vitamin C*
5. Soup*
6. I'm So Green
7. Spoon*

Bjunda.